quarta-feira, 15 de junho de 2011

Novo Design

Devo aos meus caros leitores uma satisfação. A mudança do Layout.
Muitos me perguntaram o motivo daquela montanha ao fundo.
Não é uma montanha. É um elefante.
Por que eu incomodo?
kkkk
Não, não é bem por isso. É por que desde criança me identifico com elefantes.
Elefantes são gordos. Eu fui obeso minha infância inteira. Um meigo elefantinho.
Elefantes são imponentes. Eu não sou, mas amo admirá-los.
Elefantes são espaçosos. Eu muito o sou.
Elefantes tem orelha e nariz grandes. Eu também.
Algumas pessoas tem um medo injustificável de elefantes. Pensam que farão mal.
Mas elefantes são dóceis. Às vezes são rudes, se assim você os tratar. Mas se você fizer um considerável corte em uma de suas orelhas, eles brevemente morrerão, por que todos os vasos sanguíneos de seu coração passam pelas orelhas.
Por fim, elefantes, apesar de serem vistos como inabaláveis às vistas alheias,  tem um medo inexplicável de um bicho bem menor que ele, que muitíssimo provavelmente não lhes traz mal algum: ratos.
Depois que descobri esse medo particular e comum comigo, resolvi assumir o elefante como animal com o qual mais me identifico.
É por esses e alguns outros motivos que renovei o design do blog.
Mostrar um pouco mais dos meus adoráveis elefantes. Da minha visão do mundo. De mim.
Qualquer reclamação quanto a fonte, cor, ou QUALQUER OUTRA COISA, utilize o espaço dos comentários.
Abraços Saudosos!

sábado, 4 de junho de 2011

Assalto? O que é isso?


 Galera, segue abaixo um dos contos de um possível livro aí.
 Abraços Saudosos!

Tu vem pra cá todo dia? Ah, sei... Eu moro pro rumo de cá mesmo. Bem ali no Gavião.
Eu? Tô voltando das Minas Gerais, meu filho... Tenho dois filhos pras bandas de lá. Já faz até um tempo que eles foram pra lá. Tentar a vida né? Cada um se vira do jeito que pode. E sendo esse o jeito, eles foram pra lá.
Ninguém é obrigado a passar tanta desgraça nessas roças... Tanto se trabalha, pouco se tem. Agradeço a Deus, todo santo dia, a oportunidade que ele deu pros meu minino de miorá de vida.
É a segunda vez que eu rumo pras bandas de lá. Eu quase que não ia... Ora porquê?! Não me inventaram um negócio de assalto! Queira saber não... Meu fi, como se não bastasse ter de pegar três dias e três noite de viaje, inda vinha esses fi de corno pra roubar a gente. O pouquinho que a gente tem. E eu, meu fi, que não sei nada disso, nunca tinha passado uma situação dessa... Tu nem imagina. O semvergoin, lá pra depois do Goiás, levantou o cano, deu um tiro pra cima e mandou o povo passar tudo. E eu, jega, me levantei e fui perguntar pro menino:
-Mas meu fi, passar o quê?
E me dando uma coronhada , o desgraçado disse:
-Tá me tirando, véia? Quer morrer, porra?
É... Isso bem aí mermo. A primeira a ser assaltada fui eu. Às duras penas aprendi que que é um assalto. Mas Deus é Pai. Graças a ele, to viva pra lhe contar a história.
Meus filho? Meus filho tão bem, graças a Deus. Eles não são desentendido não... Se formaram lá... em não sei o quê. Pra te falar a verdade, nem me importa o que tenha sido. Me importa saber que tão bem, em paz, tem família, e ajuda os que tão perto. Sabe, meu filho, né todo dia que no interior tá bom não, e mêurminino nem como fazer alguma coisa pra me ajudar tem. Aqui é muito escondido, não tem o que eles chama de desenvolvimento.
Mas só o fato de saber que eles estão bem, já me dá a certeza de que posso passar o resto dos meus dias em paz. Certeza também de que meus menino, para o mundo, já tão criado. Preparado pras alegria, pras tristeza, pra fartura e até pra fome.
Pra Belo Horizonte? Volto nada... Já tô velha pressas coisa. Se meus filho me quiserem ver, que venham. É a mesma distância. Parada? Fico nada! Vou fazer o que ainda me resta. Enquanto Deus me der vida, continuo plantando, colhendo, rezando meu terço. E esperando que, pelo menos d’agora em diante, o frio venha conforme o cobertor.
Até mais meu fi. Nas volta da vida a gente se vê de novo. Que Jesus te acompanhe!