quinta-feira, 7 de abril de 2011

Luto

Profundamente contrito com tamanha fatalidade.
Tento passar à poesia o sentimento e a junção de fatos contribuintes à situação homicida ocorrida no dia 7 de abril de 2011 no Rio de Janeiro.
Se tivéssemos mais ordem para o progresso, talvez tragédias assim fossem evitadas.
Se tivéssemos educação inclusiva e trabalhássemos na integração conjuntural de ideias, um sociopata desse talvez fosse identificado anteriormente.
Talvez... É talvez. Já existem dúvidas demais para minhas infãmes colocações.




Das poucas letras que ainda sobram de meu pensamento, clamo:

"Vós!
Vós que podeis fazer algo pela educação nesse país, agí!
Vós que fostes denominado pelo poder público para ajudar na construção de um Brasil honesto, faze-o!
Vós que preparais leis (ou fingis que as preparais), cumpri com vossa obrigação!
Vós que cumprais leis (ou fingis que as cumprais), fazei o que vos foste incumbido!
Vós, que sois indelevelmente selecionados para contribuir com a carreira de um país de justos, efetivai vosso amor ao que fazeis!
Vós, que estudais, estudais para a melhoria do mundo!
Não há ideal mais justo, não há destino mais santo;
Haverá de fato, sustos; mas pela nação, evitemos tantos prantos!
Vós que sois responsáveis por gerir este estado: cuidai em efetivar educação vivaz, tal qual o Brasil.
Vós, que cuidais de nossa segurança, não vos corrompais! Ó céus!
Eviteis mais mazelas!
Vêde que somos responsáveis, direta e indiretamente por tanta desgraça!
Agi enquanto há tempo!
Não deixeis transformarnos numa triste, horrenda e irrevertível caricatura estadunidense!
Não nos convertáis nesse gênero tão consumista e pérfido;
Se há alguma maneira real e efetiva de esse poema mal feito perscrutar a conjuntura emocional de alguém,
Não caleis. Nenhum de vós."


Paulo Queiroz